27 de maio de 2021 Educação Financeira

Como negociar minhas dívidas? Confira 6 dicas essenciais!

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Cá entre nós: ninguém gosta de dever, nem muito menos de ficar com o nome negativado, não é mesmo? Porém, essa é uma situação que acontece com muitos brasileiros. Para ser mais preciso, cerca de 59,4 milhões de pessoas, de acordo com levantamento do SPC Brasil. Se você também faz parte desse grupo e anda se questionando “como negociar minhas dívidas?”, não esquenta a cabeça!

Neste post, você vai ficar por dentro das principais dicas para conhecer e corrigir a sua situação financeira. Assim, poderá começar a economizar e, futuramente, realizar o seu sonho de ter um apartamento próprio. Ficou animado em mudar o cenário? Pois vamos às sugestões!

1. Saiba o valor real das suas dívidas

A primeira delas é até óbvia, mas muita gente insiste em ignorá-la, viu? Trata-se de conhecer o valor real das suas dívidas. “Mas eu já sei quanto devo. Não é só somar as contas em atraso?”, você pode estar pensando.

Porém, a resposta é não. Esse, na verdade, foi o valor inicial do débito. Quanto mais tempo passa desde o surgimento dele, maior ele fica. Afinal, soma-se à quantia os juros, as multas, o crédito rotativo e os demais encargos que podem ser cobrados pela empresa ou instituição bancária. Além disso, o percentual dessas tarifas varia muito de uma companhia para a outra — fora o fato, é claro, de serem acumulativas.

2. Priorize o pagamento das dívidas mais caras

Agora que você conhece quais são suas dívidas e já tem uma noção mais precisa dos valores delas, faça uma lista, um bloco ou uma planilha (fica à sua escolha) para anotá-las e colocá-las em ordem de prioridade para serem quitadas. Para tanto, você levará em conta o custo total delas como critério.

Isso é muito importante para evitar que você caia na ilusão de achar que pagar os débitos com menores valores e, em seguida, os de maiores é sempre a melhor opção.

A razão disso é simples: os encargos que são cobrados mensalmente vão aumentar ambos os tipos de dívidas. Isso é fato. Contudo, as pequenas vão levar um tempo maior para se tornar uma dor de cabeça como aquelas que são grandes — que vão se expandir em um nível mais rápido e se tornarem cada vez mais complicadas de serem quitadas. Veja o exemplo abaixo que ilustra o que estamos falando:

  • débito de R$ 220,00 na loja X com um encargo total de 12%: passados 30 dias, ela aumenta para R$ 246,40.
  • débito de R$ 4.800,00 no banco A com um encargo total de 12%: passados 30 dias, ela salta para R$ 5.376,00.

3. Identifique quanto você tem disponível para quitar os seus débitos

A terceira dica sobre “como negociar minhas dívidas?” é identificar quanto você tem disponível todos os meses para quitá-las. Para isso, faça um levantamento do seu orçamento, considerando desde o salário que você recebe até o montante dele que é usado para as despesas pessoais e domésticas.

Há alguns aplicativos gratuitos para celular que podem ajudá-lo nessa tarefa, como o Mobills, o Minhas Economias e o Olivia. Uma vez terminada, ela vai permitir que você possa estipular quais contas dá para pagar à vista e quais precisam ser estipuladas — assim como a quantidade de parcelas necessárias.

4. Entre em contato com o credor

Após os passos anteriores que o ajudaram a entender a sua realidade financeira e o seu nível de endividamento, é hora de começar a se organizar para pagar suas contas em atraso e deixar o seu nome limpo. Para isso, entre em contato com os credores dos débitos que você tem, começando por aqueles que estão com prioridade na sua lista.

O propósito disso não é nenhum mistério: é tentar chegar a um acordo que beneficie ambas as partes. Para a companhia será bom porque ela vai receber o que não foi pago a ela. Já para você, por outro lado, será positivo porque é uma chance de abater parte dos juros e multas que encarem a dívida.

Fique tranquilo porque tanto as empresas quanto as instituições financeiras contam com um limite de negociação. Inclusive, elas podem oferecer parcelamentos para lá de flexíveis a depender da quantia que foi negativada.

Uma boa dica é reunir todo o recurso que você possui e fazer uma proposta de pagamento do valor total, mas com um bom desconto. Com o valor em mãos e a possibilidade de quitação, você pode conseguir uma boa vantagem.

5. Fique atento aos feirões de negociação de dívidas

Em alguns casos, é possível que as alternativas oferecidas pelo credor não atendam às suas expectativas. Por exemplo, as parcelas pesam no bolso ou a quantidade de juros que foi abatida é abaixo do esperado. Se isso ocorrer, não se desespere ou jogue a toalha logo de cara, combinado?

Isso porque dá para recorrer aos feirões de negociação de dívidas — organizados pelos birôs de crédito do país, em especial o Serasa Experian —, que acontecem ao longo do ano.

Nesses eventos, que podem ser tanto por meio do site do órgão quanto presencialmente nas unidades dele, você tem a possibilidade de negociar descontos (que podem ultrapassar 50% do valor do débito) e ofertas especiais para pagamentos à vista. Portanto, pesquise mais informações sobre os feirões para se programar e não perder a oportunidade!

6. Evite fazer novas dívidas

Para encerrar, evite fazer novas dívidas. O motivo é bem simples: se você está negociando — e até mesmo já pagando — um ou mais débitos em atraso, o seu foco deve ser quitá-los como foi organizado.

Portanto, ter novos gastos com os quais você não tem como arcar, além de comprometer o seu orçamento mensal, pode dificultar o pagamento dessas contas ou até mesmo fazer com que elas se multipliquem, se tornando uma bola de neve.

Como diz o ditado, isso é meter o pé na jaca! Portanto, comece a manter as suas despesas da rotina sob controle. Além disso, evite gastos supérfluos ou por impulso — especialmente aqueles no cartão de crédito — e adie um pouco os planos para gastos elevados sem urgência (como viagens de férias com a família e troca do carro).

Agora que você já aprendeu como “colocar a casa em ordem” estabeleça seus objetivos e mãos a obra. Com as dívidas pagas você será capaz de ir em busca de um objetivo ainda maior: conquistar o sonho de ter o seu próprio apê.

Tem mais sugestões que podem ser úteis para dar um adeus às dívidas? Então está esperando o quê? Compartilha com a gente nos comentários!

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