Depois do casamento, inicia-se uma nova fase na vida do casal. Em pouco tempo, acontecem muitas mudanças, como a adaptação à convivência a dois, além de uma rotina bem diferente da época de solteiro. Sem dúvida, haverá alegrias, mas alguns estresses também. Algo que pode piorar o lado negativo do casamento é morar com a sogra.

É claro que não queremos “rotular” injustamente esse assunto que já é polêmico e delicado. Na verdade, apresentaremos motivos para que os casais sintam o bem-estar de terem a sua própria moradia. Vejamos quais são:

1. Falta de privacidade

A casa é o lugar no qual o casal pode ficar bem à vontade. A privacidade que o lar proporciona é um alívio depois de um dia cansativo de trabalho ou estudo. No entanto, a vida particular do casal é limitada quando há a decisão de morar com a sogra.

Por exemplo, o casal não ficará confortável em fazer coisas simples e normais de uma relação romântica, como namorar vendo um filme na sala ou expressar carinho em qualquer ambiente interno. Alguns gostam de conversar sobre assuntos pessoais enquanto jantam ou realizam outra atividade. Mas como fazer isso sabendo que outra pessoa pode escutar?

2. Ausência de autonomia

Quem manda na casa em que mora a sogra e o casal? Se a moradia for da sogra, a resposta é óbvia. Na verdade, ela tem o direito de impor as regras que desejar, como horários para chegar, uso dos aparelhos domésticos e o modo como as coisas ficam organizadas.

Porém, um dos fatores que amadurecem um relacionamento é justamente a autonomia. O simples fato de o casal decidir como será o seu ritmo de vida, a disposição dos móveis pela casa e o design dos ambientes torna a convivência mais agradável e fortalece os laços afetivos.

3. Muitos desentendimentos

O livro chamado “What do you want from me?” (em português: O que você quer de mim?), escrito pela psicóloga Terri Apter, revelou que 15% dos genros e 60% das noras têm problemas com as sogras.

A principal razão dos desentendimentos é o cuidado com os netos, seguido da forma como é realizado o trabalho doméstico.

Contudo, há inúmeros outros motivos para desacordos, que podem ser devido a sugestões dadas pela sogra, uma vez que a sua experiência na vida a leva a querer “acertar” o modo como o casal lida com as situações do cotidiano.

4. Desgaste do relacionamento

A falta de privacidade e autonomia, além de constantes desentendimentos, acaba desgastando o relacionamento do casal. De um lado, está a sogra com todas as suas razões para reclamar do genro ou da nora. Esses ocupam o lado aposto e se sentem vitimados pela situação tensa em que vivem.

E quem permanece no meio dessa briga? O cônjuge que é filho ou filha da sogra. Geralmente, é difícil ser um ponto neutro nessa batalha e, ao mesmo tempo, manter o equilíbrio e a paciência.

5. Excesso de proteção

O instinto materno é muito forte e leva as mulheres a proteger seus filhos mesmo depois de adultos. Esse sentimento é cientificamente comprovado e se origina de um hormônio chamado ocitocina, produzido em grande quantidade pelo organismo feminino no final da gravidez.

O vínculo criado por esse hormônio é um dos responsáveis pelas queixas das sogras sobre aparentes descuidos com a sua cria. Afinal, na mente da mãe, ninguém cuida melhor do seu filho do que ela. Por isso, haverá discussões e os esforços do genro ou da nora para tratar bem o cônjuge serão sempre vistos com desconfiança pela mãe protetora.

Sendo assim, o melhor que o casal pode fazer é comprar o seu apartamento e construir a sua identidade familiar. O que tem de mais natural do que cada família ter o seu lar doce lar?

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